Tarot Terapêutico: o que ele tem de diferente dos outros?
- Tati Santana
- 17 de jan. de 2023
- 3 min de leitura
Se você é um entusiasta do tarot, provavelmente tem ouvido falar bastante do Tarot Terapêutico. Como o próprio nome revela, ele é uma união do oráculo com a terapia, o que foge um pouco daquela visão popular das cartas como fontes de adivinhação sobre o futuro.
Mas será que a definição do Tarot Terapêutico para por aí? Não! Há aspectos mais profundos que diferenciam essa modalidade daquela que chamamos de Tarot Divinatório, mais focado em previsões. E entender melhor essas diferenças é super importante para quem deseja estudar o oráculo ou fazer uma consulta com um tarólogo.

O Tarot Terapêutico começou a se popularizar por meio do tarólogo Veet Pramad, que propôs uma abordagem do tarot mais voltada para o autoconhecimento e para a autotransformação. Com o tempo, mais e mais tarólogos passaram a utilizar o termo para definir suas práticas, geralmente seguindo essa mesma linha na qual conhecer a si mesmo para fazer as mudanças necessárias é o foco.
Veja nos tópicos abaixo mais detalhes sobre os aspectos que diferenciam o Tarot Terapêutico:
Conselhos ao invés de previsões
No meu trabalho com o tarot, considero tudo isso que contei acima, mas também costumo dizer que a principal diferença do Tarot Terapêutico para o Divinatório está no fato de que o foco está na análise e no aconselhamento, não nas previsões. É claro que a divinação de alguma forma sempre está presente no trabalho com as cartas, mas nessa modalidade ela não é a prioridade.
Vamos ao exemplo: uma consulente chamada Sara está com problemas na vida amorosa e gostaria da ajuda do Tarot. Ao invés de fazer uma tiragem para dizer o que aconteceria com ela em relação ao amor, eu faria uma análise da vida amorosa de Sara, com os pontos positivos e os pontos negativos, e buscaria conselhos para que ela agisse da melhor maneira diante daquele cenário. O foco estaria muito mais no presente e no que ela poderia fazer do que no futuro, ou seja, no que tenderia a acontecer.
Visão mais simbólica das cartas
Não é uma regra, pois cada tarólogo interpreta as cartas de acordo com as suas crenças e percepções. Porém, no Tarot Terapêutico, as cartas costumam ser vistas de modo mais simbólico, o que ajuda no uso do oráculo como uma fonte de autoconhecimento.
Para exemplificar, vou utilizar uma das cartas mais populares quanto a essa diferença de interpretação: a carta da Morte. Diversos tarólogos da linha divinatória (não todos) costumam interpretar essa carta como um sinal de que isso vai acontecer, literalmente, com o consulente ou com alguém dentro da situação.
Já no Tarot Terapêutico, os tarólogos costumam interpretar a carta da Morte como uma representação da transformação na vida do ser, o que não necessariamente tem a ver com a morte física, pois há inúmeras formas de uma mudança acontecer na vida de alguém.
Acolhimento como base da consulta
Aqui está um aspecto que também depende da atuação de cada tarólogo, mas, no geral, o Tarot Terapêutico traz com mais preocupação a questão do acolhimento para dentro das consultas. Isso porque o ato de acolher está na base dessa modalidade.
Justamente por se tratar de uma terapia complementar, não há como fazer uma consulta de Tarot Terapêutico sem acolher o consulente. O bem-estar e a transformação positiva só acontecem se o consulente se sentir “abraçado”, concluindo que o tarólogo está disposto a escutar, compreender e auxiliar, evitando julgamentos e trazendo palavras de motivação.
Isso não significa que as mensagens mais desafiadoras do Tarot sejam ignoradas, mas que todas as mensagens, mais fáceis ou mais difíceis, são transmitidas ao consulente com cuidado e responsabilidade para que ele não deixe de acreditar na sua capacidade de transformar positivamente a própria realidade.
É importante ressaltar que as diferenças que o Tarot Terapêutico apresenta não fazem do Tarot Divinatório uma modalidade inferior. Há espaço para as duas abordagens, e cada consulente sabe qual delas é mais adequada às expectativas dele em um determinado momento.
Além disso, é possível que as duas modalidades sejam alternadas ou mescladas dentro do trabalho de um tarólogo. Na minha experiência, por exemplo, foco na abordagem terapêutica e identifico o meu trabalho com ela, mas por vezes abro maior espaço à divinatória, como nas tiragens de fim de ano. Tudo depende dos objetivos do tarólogo e do que ele prefere oferecer aos seus consulentes.
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